PONTA GROSSA.
IRMÃOS MORTOS A FACADAS EM BRIGA ENTRE CAMINHONEIROS. DELEGADO NEGA TESE DE LEGÍTIMA DEFESA UTILIZADA POR SUSPEITO.
Delegado diz que Nunes Silvério de Melo foi o responsável por iniciar a confusão que terminou com a morte dos irmãos Gilberto e Josiel Vasconcelos. Defesa dele nega e diz que caminhoneiro foi atacado pelos irmãos.
O delegado Luiz Gustavo Timossi nega a tese de legítima defesa que vem sendo utilizada por Nunes Silvério de Melo, caminhoneiro indiciado pelo assassinato dos irmãos Gilberto e Josiel Vasconcelos, que também eram motoristas profissionais.
O policial civil afirma que as investigações apontam que foi Nunes quem deu início à briga, “com nítido propósito de causar confusão”, e que foi ele quem partiu para cima da primeira vítima, Gilberto. Segundo Timossi, Josiel morreu ao tentar defender o irmão.
O caso aconteceu no final de abril em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, em meio a uma fila de caminhões que aguardavam para descarregar soja em uma empresa.
A defesa de Nunes avalia que o indiciamento é equivocado, e alega que o caminhoneiro foi atacado sozinho pelos dois irmãos.
“O caminhoneiro, em desvantagem numérica, é atingido com socos pelos dois agressores, que derrubam no chão o facão que ele tentou usar para se defender. Por sorte, Nunes tinha outra faca na cintura, que foi utilizada para repelir a injusta agressão e salvar sua própria integridade física. Acaso não dispusesse das armas brancas, provavelmente Nunes seria uma vítima fatal do episódio, o que ficará comprovado na instrução processual com sua absolvição ao final”, aponta.
O delegado Timossi nega e afirma que as vítimas foram surpreendidas pelo autor.
“Não há suporte probatório para a alegação de legítima defesa, uma vez que foi o próprio indiciado quem deu início à situação de conflito, bloqueando deliberadamente a passagem dos caminhões e se recusando a colaborar, além de ter provocado a vítima Gilberto e descido de seu veículo já portando armas”, aponta o delegado.
Fonte: g1
Publicar comentário